In Vacum

Lá estava eu, absorta em algum lugar não muito longe quando uma porta se abriu. No fundo eu já sabia do que se tratava, mas a primeira coisa que percebi foi a probabilidade de um pesadelo já que acordei escondendo a boca com uma das mãos. Abruptamente peguei o relógio e observei que tinha meia hora para me arrumar e correr para o trabalho, nada muito anormal. Sentei na cama como se tivesse um peso absurdo nas costas, olhei para os meus chinelos em cima de um tapete encardido e senti vontade de sumir. Mesmo atrasada tentei tomar um banho relaxante, limpar meu corpo de toda a sujeira do final de semana, toda a porquice alheia incrustada no meu ser. Mas estou tão presa aos fatos, às verdades..que faço as coisas e não me apercebo, e então, minutos depois me pergunto irritada aonde coloquei meus brincos ou a chave de casa. Ao menos o tempo estava de acordo com o meu estado de espírito e isso acalentou um pouco o meu eu. Nublado e triste, mas me trouxe uma calma antiga e fez eu me sentir melhor. Tentar sorrir deve ter algum crédito agora. Enquanto isso, continuo tomando o meu velho café e pensando sobre a minha imaturidade, inconsequência e maluquice. Nunca disse que eu era normal, mas as vezes gostaria de ser. Permaneço absorta em mim, tentando me encontrar para nunca mais voltar.

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