Divagações Subjetivas da Leitura: A Procura de Si (Diálogo Sobre o Sujeito) de Alain Touraine~

A partir do momento em que há uma dessubjetivação do sujeito, temos então uma experiência central..criadora. Nos distanciando de nós mesmos temos a oportunidade de aprender sobre a vida e a partir disso criar muitas outras coisas que talvez substituam esses 'eus' distanciados. Quero dizer, quando você tem um experiência central consequentemente o seu potencial criativo sobre aquilo se espande de maneira absolutamente natural.

Ou, a distância de si para si como sendo um momento em que o 'eu' real do sujeito se desprende do seu corpo, social talvez, quando ele enra em contato com ele próprio. No caso, ocorre um aumento da dessubjetivação do sujeito.

Na realidade, somos o não-sujeito. Socialmente falando há uma constante desindividualização. O sujeito permqanece na esperança de se salvar num mundo em que não existe um 'eu'. Por isso, o sujeito perspassa a noção de fé ou de comprimisso. Ele, na verdade, chega a ser a própria fé ou o compromisso. Não eixste, de fato, um sujeito não-social. O sujeito não deixa de ser uma moral, uma ética. Como sobreviver num mundo sem autonomia?

Ele é vazio dele mesmo porque é composto "apenas" do não-eu. É um objeto social que não faz o que agrada a si próprio porque não tem autonomia.

Se digo que o desejo do sujeito é ser um ator, estou excluindo a necessidade de subjetivismo, porque a sociedade é racional. Agora se digo que o sujeito é um ator social porque quer mudar o seu meio ambiente, então posso dizer que o seu desejo é de ser um ator. O sujeito jamais vai ser pleno se não houver o desejo de ser ator, pois todos querem modificar o seu meio de alguma forma..independentemente dos métodos vindouros. Portanto, podemos dizer que o sujeito é realmente vazio. Para reconhecermo-nos na vida precisamos da capacidade de refletir sobre nós mesmos. É nesse ponto em que podemos romper os limites do sujeito social, destruindo ou não quem nos habita. Ou melhor, quem não nos habita, talvez.
Não desistamos de encontrar o verdadeiro sentido da nossa existência. Talvez seja isso que nos faça sujeito, afinal. Esse equilíbrio, essa distância de nós para nós mesmos.

Nota final: Divagações baseadas em citações colocadas ao fluir do livro.